sábado, 28 de fevereiro de 2009

primeiros capítulos

ontem foi mais um dia de leituras pessoais (cada aluno escolhe um livro e lê o primeiro capítulo ao resto da turma).
era a vez do Diogo. começou assim:

" Chovia há alguns dias. A lama chegava-lhe aos tornozelos. Até as rãs teriam morrido, afogadas naquele lamaçal, se não tivesse parado de chover.
Também ele teria morrido, com toda a certeza, se não tivesse encontrado rapidamente um lugar seguro.
Fazia frio. A lareira da sua avó era um sítio quente, mas isso já fora há muito tempo e as saudades tornaram o coração do pequeno elfo mais pequenino.
A sua avó dizia que, se sonhasse com muita força, as coisas aconteciam. Mas a avó já não conseguia sonhar. A mãe foi para um lugar de onde não se volta mais e a avó nunca mais conseguiu sonhar. Ele era ainda muito pequeno para sonhar. Ou talvez não.(...)"



O Último Elfo, Silvana De Mari, Edições ASA

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

museu das Terras imaginadas

a Terra imaginada por Platão


a Terra convexa imaginada pelos índios Huni Kuin do Perú

como é que os homens imaginaram a forma da terra?

a esta pergunta respondeu Guillaume Duprat, no livro premiado recentemente na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na categoria de não ficção.

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Le Livre des Terres imaginées
Guillaume Duprat (texto e ilustrações)
Seuil Jeunesse.

"Le livre dont je rêvais est une sorte de carnet de voyage imaginaire où le fil conducteur n’est pas une chronologie ethnocentriste, mais une classification par forme : terres plates et circulaires, terres polygonales, terres sphéroidales, etc. On y découvre aussi bien la terre de savants grecs que celle de chamanes de la forêt amazonienne."
(img. e texto daqui)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

da invernia à folia

caretos de Lazarim, Lamego

cardadores de Ílhavo, Aveiro


caretos de Podence, Macedo de Cavaleiros



caretos de Ousilhão, Vinhais

(img. encontradas aqui)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

descobertos esta tarde

para ouvir ler ou para jovens leitores, dois livros muito bonitos editados pela OQO:

Um Segredo do Bosque

texto de Javier Sabrino, ilustrações de Elena Odriozola

Olharapo

texto de Gonzalo Garcia, ilustrações de Mauricio Quarello

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

paris em balão



excerto do belíssimo filme Le Ballon Rouge (Albert Lamorisse, 1956). segue o balão aqui

(via Le Divan)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

o limite das palavras

12/02. Correntes d´Escritas- Sessões nas Escolas, os escritores Jorge Sousa Braga e valter hugo mãe na Escola E.B. 2,3 Dr. Flávio Gonçalves

Sobre “O limite das palavras”, valter hugo mãe reconheceu que “eventualmente, as palavras podem ter limites para os escritores. A utopia de ser escritor é fazer com que as palavras nos possam dizer coisas que nunca foram ditas.” “Acredito numa dimensão mágica dos textos” revelou o escritor que disse ainda que tenta abusar um pouco das palavras. “Tenho uma relação muito pouco passiva com as palavras. Não me importo de lhes bater” afirmou valter hugo mãe que divertiu a plateia ao dizer que as palavras deixam de lhe obedecer todos os dias.


Apesar de considerar o tema misterioso, Jorge Sousa Braga abordou-o dizendo que “É impossível traduzir tudo por palavras. Muitas vezes, as palavras funcionam como canadianas, outras vezes dão-nos asas e permitem-nos voar”. O escritor considera que não há limites para a invenção de novas palavras, “o limite somos nós”, prosseguiu dizendo que os dicionários estão cheios de palavras que não usamos e a este propósito convidou os alunos a formarem consigo o Clube dos Amigos das Palavras em viasde extinção.


Os alunos também propuseram um desafio aos escritores convidados, colocando-lhes algumas questões sobre a temática “O limite das palavras”. À pergunta “Que palavra arrastaria por lhe pesar muito?”, Jorge Sousa Braga respondeu “chumbo” e valter hugo mãe “mãe” e “Qual a palavra que diriam a toda a gente?”, teve como resposta “tangerina” e “amor”, respectivamente. Questionados sobre “Debaixo de que palavra procurariam abrigo?”, ambos deram como resposta “mãe” e também partilharam a palavra “futuro” para responder à pergunta “Que palavra moeria no seu moinho para servir de alimento?”.daqui

sábado, 14 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

imagine


Ilustração Portuguesa em Londres no Imagine 09: Children's Literature Festival


"Depois de já ter sido exibida em Bolonha, Paris e León, esta exposição de ilustração portuguesa contemporânea para a infância, produzida pela DGLB e pela Associação VerparaLer, viaja agora até Londres com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian no Reino Unido.

Ilustrações.pt reúne 117 originais de 13 ilustradores – João Caetano, Bernardo Carvalho, João Vaz de Carvalho, Alain Corbel, André Letria, Teresa Lima, Gémeo Luís, Madalena Matoso, José Miguel Ribeiro, José Saraiva, Marta Torrão, Cristina Valadas e Danuta Wojciechowska – e oferece uma panorâmica da ilustração portuguesa contemporânea para a infância que, pela sua criatividade e originalidade, se tem destacado nos últimos anos."

(img. e informação daqui)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cortázar

entre celebrações de nascimentos (o de Darwin) e de mortes, hoje prefiro lembrar cronópios e famas. enquanto por cá a Cavalo de Ferro editou em 2008 Rayuela (45 anos depois da sua publicação!), considerada a sua obra-prima, os argentinos vão lembrar Julio Cortázar assim.



"Yo creo que desde muy pequeño mi desdicha y mi dicha al mismo tiempo fue el no aceptar las cosas como dadas. A mí no me bastaba con que me dijeran que eso era una mesa, o que la palabra "madre" era la palabra "madre" y ahí se acaba todo. Al contrario, en el objeto mesa y en la palabra madre empezaba para mi un itinerario misterioso que a veces llegaba a franquear y en el que a veces me estrellaba.

"En suma, desde pequeño, mi relación con las palabras, con la escritura, no se diferencia de mi relación con el mundo en general. Yo parezco haber nacido para no aceptar las cosas tal como me son dadas."

Julio Cortázar (26 de Agosto de 1914- 12 de Fevereiro de 1984)

foto e texto daqui

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

cidadania “multidimensional”

começa daqui a poucos dias o trabalho com os miúdos na plataforma do projecto Conectando Mundos. estamos todos ansiosos! hoje foi dia de jogo...



Conectando mundos: Efeito borboleta



«Em 1960, o matemático e meteorologista Edward Lorenz estudava o comportamento da atmosfera, tentando encontrar um modelo matemático que conseguisse fazer previsões climatéricas. O modelo ficou conhecido como modelo Lorenz e é composto por três equações matemáticas.
No entanto, o cientista ficou surpreendido quando verificou que pequenas diferenças nos dados de partida, levavam a grandes discrepâncias nas previsões daí resultantes. Qualquer pequena perturbação (ou erro inicial) teria uma grande influência sobre o resultado.
Imaginem que um meteorologista conseguia fazer uma previsão exacta do comportamento da atmosfera, mediante cálculos muito precisos e a partir de dados rigorosos. Essa previsão poderia revelar-se totalmente errónea, simplesmente porque o voo de uma borboleta, ocorrido do outro lado do planeta, não foi tido em consideração… Esse simples voo poderia introduzir perturbações no sistema que levariam à ocorrência de uma tempestade.
Destes factos surgiu a expressão “Efeito Borboleta”, para expressar a ideia de que aquilo que fazemos em determinado lugar do planeta pode ter consequências enormes no outro lado desse mesmo planeta, mesmo que não possamos ver…
Conseguem verificar alguma co-relação com os acontecimentos actuais?»

(texto retirado daqui; mais informação sobre educação para o desenvolvimento aqui)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ulisses

a propósito de um herói e de uma ida ao teatro...

(Gramvoussa, Creta)

Ítaca

Quando partires de regresso a Ítaca
deves orar por uma viagem longa,
plena de aventuras e de experiências.
Ciclopes, Lestrogónios, e mais monstros,
um Poseidon irado – não os temas,
jamais encontrarás tais coisas no caminho,
se o teu pensar for puro, e se um sentir sublime
teu corpo toca e o espírito te habita.
Ciclopes, Lestrogónios, e outros monstros,
Poseídon em fúria – nunca encontrarás,
se não é na tua alma que os transportes
ou ela os não erguer perante ti.

Deves orar por uma viagem longa.
Que sejam muitas as manhãs de Verão,
quando, com que prazer, com que deleite,
entrares em portos jamais antes vistos!
Em colónias fenícias deverás deter-te
para comprar mercadorias raras:
coral e madrepérola, âmbar e marfim,
e perfumes subtis de toda a espécie:
compra desses perfumes quanto possas
E vai ver as cidades do Egipto,
para aprenderes com os que sabem muito.
Terás sempre Ítaca no teu espírito,
que lá chegar é o teu destino último.
Mas não te apresses nunca na viagem.
É melhor que ela dure muitos anos,
que sejas velho já ao ancorar na ilha,
rico do que foi teu pelo caminho,
e sem esperar que Ítaca te dê riquezas.

Ítaca deu-te essa viagem esplêndida.
Sem Ítaca, não terias partido.
Mas Ítaca não tem mais nada para dar-te.
Por pobre que a descubras, Ítaca não te traiu.
Sábio como és agora, senhor de tanta experiência,
terás compreendido o sentido de Ítaca.

Constantino Cavafy
90 e Mais Quatro Poemas (versão de Jorge de Sena)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

angoulême



dos premiados (álbuns e artistas), só o prémio Essencial Juventude atribuído à obra "Le petit prince" de Joann Sfar(Galimard),
está editado por cá...



O Principezinho, segundo a obra de Antoine Saint-Exupéry

Editorial Presença

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ópera para miúdos

este livro-disco faz parte de uma excelente colecção de ópera para os mais jovens, editada pela editora Kalandraka e inclui uma adaptação do libreto, algumas passagens ilustradas e a biografia do compositor. obrigatório na sala de Educação Musical.


A flauta mágica / W. A. Mozart
Adapt: Joan de Déu Prats

Joma

Numa fresca e radiante manhã, cheia de reflexos de sol nas gotículas de orvalho, o valente príncipe Tamino decidiu ir caçar. Era uma caçada muito especial e muito arriscada, já que devia caçar um dragão que aterrorizava os súbditos do reino. (informação e imagens retiradas do sítio da Kalandraka)